Inter não encontra apoio de investidores para contratações
Pelo menos até o momento, contatos feitos com eventuais parceiros não se concretizaram
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Um dos projetos do presidente do Inter, Alessandro Barcellos, no começo de sua gestão era aproximar-se de colorados abastados e apaixonados, convencendo-os a investir na contratação de reforços para o time. Ele tentou. Fez algumas reuniões, conversou com várias pessoas, mas não obteve sucesso na empreitada.
Com exceção de um investimento pontual para pagar a multa contratual e liberar Rodinei para um jogo na reta final do Campeonato Brasileiro de 2020 − já nos primeiras semanas de 2021 − nenhum recurso novo oriundo de investidores entrou no clube. Os esforços seguem, com poucas perspectivas de sucesso em 2023, o que inviabiliza uma contratação de impacto neste início de temporada.
A participação de investidores colorados em contratações do clube não é novidade. O mais notório é Delcir Sonda, que emprestou ao clube o dinheiro necessário para importantes contratações, como as de D’Alessandro e do lateral Kléber. Ele contribuiu outras vezes com o Inter, em necessidades pontuais e empréstimos, e até chegou a perdoar uma dívida de R$ 25 milhões do clube no final de 2018, mas afastou-se nos últimos anos.
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O expediente também é bastante utilizado pelo Grêmio. Só neste ano, um empresário ligado ao agronegócio viabilizou as contratações de Luis Suárez, Franco Cristaldo e Felipe Carballo, que elevaram o patamar técnico do time gremista. Por isso, os dirigentes colorados até examinam algumas alternativas do mercado.
Nas últimas semanas, por exemplo, sondaram as condições sobre uma possível vinda de Ángel Di María, um dos destaques do time argentino que levantou a taça do Mundial, em dezembro. Também analisaram os números que envolveriam a vinda do colombiano Rafael Borré, 27 anos, ex-River Plate, que está no Eintracht Frankfurt. Mas o Inter não chegou nem a cogitar avançar em qualquer tipo de tratativa quando foi informado que o clube alemão já rejeitará oferta de 10 milhões de dólares do Tigres pelo atacante.
Por isso, a não ser que algo novo ocorra nas próximas semanas, a tendência é o Inter manter o modelo de contratações que deu certo em 2022. Ou seja, buscará jogadores com bom nível técnico e com possibilidade de evolução, mas longe dos mercados mais valorizados da Europa. Sem investidores, não há dinheiro para arroubos.