Caso Piffero: Justiça marca a 1ª audiência
Processo envolve a Operação Prorrogação, que investiga possíveis desvios em negócios com agências de turismo
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Após quase um ano do oferecimento das denúncias por parte do Ministério Público, foi marcada para o dia 27 de fevereiro a primeira audiência na Justiça envolvendo a série de processos sobre possíveis irregularidades ocorridas durante a gestão do presidente Vitorio Piffero no Inter, entre 2015 e 2016. O processo em questão trata sobre o processo de investigações do núcleo “agência de viagens” dentro da Operação Prorrogação do MP.
Ou seja, este processo, que é um desdobramento do principal, chamado de Operação Rebote, não inclui possíveis irregularidades em outras áreas do clube, como futebol ou obras. Na audiência serão tratados apenas questão ligadas à contratação fraudulenta, segundo as investigações do MP, dos serviços de duas agencias de turismo, uma em Porto Alegre, outra em Curitiba.
Após a Operação Prorrogação, Vitorio Piffero, Pedro Affatato, que foi ex-vice-presidente de Finanças, e quatro empresários da área de turismo foram denunciados por organização criminosa, estelionato e ocultação de bens. A esposa de Piffero foi denunciada por ocultação de bens.
De acordo com as investigações do MP, os dirigentes se beneficiaram ao “desviar dinheiro do clube de maneira continuada e sucessiva por meio de artifícios administrativos e contábeis”. Segundo a denúncia apresentada à Justiça, eles utilizaram “notas fiscais e documentos fraudulentos atestando serviços turísticos que não foram prestados”. Depois, teriam recebido, como contrapartida, passagens de avião e em cruzeiros para o Caribe e pagamentos de hospedagem em hotéis.
Ainda de acordo com a investigação, Piffero teria desviado dinheiro, em parceria com os empresários envolvidos no esquema, para comprar uma caminhonete Toyota SW4, que seria utilizada por sua esposa. As provas utilizadas pelo MP para embasar as denúncias têm origem na quebras de sigilo bancário e fiscal e nas operações de busca e apreensão realizadas nos meses anteriores ao oferecimento da denúncia.
A reportagem do CP entrou em contato com os advogados de Vitorio Piffero e Pedro Affatato, mas não obteve retorno.