Estratégia do Inter fracassa contra o Colo-Colo em jogo marcado por atuação apática
Colorado viu seus planos para Copa Sul-Americana complicarem após derrota por 2 0 no Chile
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Apatia e passividade são os termos que podem resumir a atuação do Inter diante do Colo-Colo no jogo de ida das oitavas de final da Copa Sul-Americana. A derrota por 2 a 0 complicou os planos colorados para o torneio que é considerado uma prioridade do clube na temporada. Em sua entrevista coletiva, Mano Menezes não apenas admitiu a má jornada da equipe fora de casa, mas também mencionou situações em que seus comandados simplesmente aceitaram a marcação do adversário. O discurso foi ao encontro da análise do comentarista da Rádio Guaíba Gutiéri Sanchez, que colocou que os jogadores colorados pareciam estar em outra voltagem durante o confronto.
"O que surpreendeu na atuação do Inter foi a apatia da equipe. O time foi passivo na marcação, e isso me chamou a atenção. Além disso, os jogadores estava muito desligados com a bola no pé. Em vários momentos, os atletas do Colo-Colo rapidamente recuperavam a posse de bola", analisou Sanchez. "Pensando nos próximos jogos, o Mano terá que mudar essa apatia da equipe", acrescentou.
A estratégia para o duelo contra o Colo-Colo foi apostar na base do time que vinha atuando no Brasileirão. A formação, porém, foi prejudicada pelos desfalques. Bustos, De Pena e Taison não puderam atuar. A partir daí, Mano decidiu escalar Heitor na lateral, além de Johnny e Pedro Henrique, para manter a característica da equipe, preterindo Rodrigo Moledo, que só entrou no segundo tempo. O treinador até saiu em defesa do ala, que falhou no primeiro gol do adversário.
"Se o Heitor não puder atuar na ausência do titular, então é sinal que ele não pode estar no grupo. Como ele tem condições para estar aqui, o escalamos. Ele fez parte de um primeiro tempo em que não conseguimos defender bem", explico Mano, que lembrou da passividade de seus comandados no jogo. "Acho que em alguns momentos nós simplesmente aceitamos a marcação adversária. Poderíamos ter nos movimentado mais para escapar da linha de quatro (defensores) que foi montada", argumentou.
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Para o Sanchez, o Inter vive a sua primeira oscilação sob comando de Mano Menezes. "Não dava para esperar que aquela invencibilidade fosse continuar. Em algum momento iria perder e aconteceu para o Botafogo. Depois, venceu o Coritiba e muitos acharam que a vitória consolidou o Inter, mas não. O Mano também não achou isso. Não dá para desprezar o triunfo contra o Coxa, mas a verdade é que o Inter está vivendo altos e baixos. O Mano vai ter que reencontrar um equilíbrio", completou.