Retrospecto ruim em 2022 desafia o Inter no Gre-Nal
Colorado tem apenas 13 gols em 13 partidas disputadas no ano
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Como uma equipe que jamais fez mais do que dois gols em uma mesma partida acredita que pode fazê-los agora? Por que um time que marcou só 13 vezes em 13 partidas na temporada acha que pode reverter uma vantagem de 3 a 0 justamente em um clássico? São esses os dilemas que permeiam a vida dos colorados em geral, mas principalmente daqueles que estão no comando do clube, desde a acachapante derrota em casa no Gre-Nal 346, no sábado. Encontrar razões para manter viva a esperança de seguir em busca do título gaúcho, mantendo o grupo de jogadores motivado, é uma das principais funções de Alexander Cacique Medina até amanhã, quando Inter e Grêmio voltam a se enfrentar, desta vez na Arena.
Para avançar à final do Gauchão, o Inter precisa devolver o 3 a 0 com juros no clássico 346. Uma vitória por diferença por três gols leva a decisão para os pênaltis. Por isso, de uma forma realista, os dirigentes já olham para o futuro após o Gauchão.
Substituto de Paulo Bracks
A prioridade, neste momento, é contratar um novo executivo para substituir Paulo Bracks, que caiu após o tropeço na primeira fase da Copa do Brasil, diante do Globo. Algumas alternativas já foram descartadas e outros nomes estão sendo analisados.
Um deles é o de Jorge Andrade, que passou pelas categorias de base do próprio Inter e, desde 2021, está no Sport Recife. Alexander Cacique Medina tem o futuro em aberto. Se o time colorado obtiver a vaga na final do Gauchão, contrariando a lógica do futebol, ele ganha mais um tempo, pelo menos até a decisão. Em caso de desclassificação, a pressão da torcida deve tornar a sua permanência improvável.
Após a derrota, ainda no Beira-Rio, Medina disse que o terceiro Gre-Nal é uma “oportunidade linda de fazer um grande jogo e reverter este resultado”. O vice de futebol, Emílio Papaléo, por sua vez, evitou previsões: “Não podemos prever o futuro. Temos que tentar fazer do limão uma limonada. Obviamente que ninguém está contente”.
Internamente, os dirigentes, inclusive, já analisam uma lista de prováveis substitutos. Algumas alternativas até são contraditórias com o discurso que pregava o futebol propositivo desde o período da campanha eleitoral, no segundo semestre de 2020. “Algumas vezes, a gente
tem que andar umas casinhas para trás para pegar fôlego e tentar avançar”, disse um dirigente colorado ontem.