Agência de viagens investigada não presta mais serviços ao Inter
Piratini Agência de Viagens é suspeita de participar de esquema montado para desviar recursos na gestão Piffero
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A Piratini Agência de Viagens não presta mais serviços para o Inter. A empresa é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP) por suspeita de ter participado de um esquema montado para desviar recursos dos cofres colorados durante a gestão do presidente Vitorio Piffero (2015/2016). A agência trabalhou para o clube até, pelo menos, o começo de 2019.
A substituição da agência de viagens ocorreu após publicação de matéria no CP de 28 de maio. De acordo com ofício assinado pelo 1º vice-presidente do Inter, Alexandre Chaves Barcelos, em resposta a uma grupo de conselheiros que questionou sobre o assunto, a Piratini prestou serviços e recebeu R$ 4,5 milhões entre janeiro de 2017, quando assume o presidente Marcelo Medeiros, e maio de 2019, quando o CP publica a matéria confirmando a continuidade da relação comercial entre o clube e a agência.
Agora, um grupo de cinco empresas, selecionadas, segundo os atuais dirigentes colorados, “respeitados todos os procedimentos internos de compras”, trabalhará para atender a logística do clube. A Piratini foi um dos alvos da operação “Rebote”, deflagrada em dezembro de 2018. A agência é investigada pelo MP por suspeita de estelionato.
Os investigadores encontraram repasses de dinheiro da empresa para Pedro Affatato, que foi vice-presidente de finanças da gestão de Piffero. Segundo a apuração do MP, a Piratini repassou R$ 169 mil para Affatato, que também é investigado, em sete depósitos, de valores entre R$ 56 mil e R$ 17 mil entre 23 de agosto e 16 de dezembro de 2016.