Grêmio: alterações no grupo e saída de Renato são as sugestões de comentaristas para 2023
Cristiano Oliveira e Gutiéri Sanchez defenderam a formação de uma gestão profissional dentro do clube
publicidade
Com duas rodadas de antecedência, o Grêmio está na Série A de 2023. A meta do clube para este ano foi cumprida, mas para ter uma próxima temporada que esteja de acordo com o tamanho do Tricolor algumas medidas são necessárias. Uma delas já foi mencionada por Renato Portaluppi ainda nesse domingo, logo após a goleada sobre o Náutico: profissionalismo. Para os comentaristas da Rádio GuaÍba Cristiano Oliveira e Gutiéri Sanchez, a construção de um time competitivo passam também por uma verdadeira cirurgia no grupo e até mesmo pela saída do atual treinador.
Oliveira considerou que em primeiro lugar as mudanças no Grêmio precisam começar de cima para baixo. Profissionalizar o seu departamento de futebol é fundamental. "O Grêmio precisa de uma reformulação drástica nas entranhas do clube e na sua política de contratações", avaliou.
Sanchez lembrou inclusive que o atual momento do clube não passa pela chamada dos "grandes gremistas". "Respeitando a identidade do clube e do torcedor, o futebol deve ser gerido de forma técnica. Já passou a hora de “grandes gremistas” decidindo os rumos da atividade fim de um dos maiores clubes do continente. Não há mais espaço para pessoas que não possuem o conhecimento necessário para uma atividade tão cara e complexa", argumentou.
Um futuro sem Renato
A continuidade de um treinador é sempre vista como algo positivo num clube. No entanto, no caso do Grêmio, e para o processo de reconstrução que o time está prestes a passar, a permanência de Renato Portaluppi na Arena não é bem vista por Oliveira e Sanchez.
"Para ter resultados diferentes, o Grêmio precisa usar fórmulas diferentes. Manter o Renato, que não acrescentou nada na comparação com o Roger, seria insistir em uma fórmula viciada. O Grêmio necessita fazer algo que não tenha feito nos últimos três anos", explicou Cristiano Oliveira. "O Renato é aquela famosa bola de segurança. Na ausência de pessoas que dividam a gestão do futebol, o melhor é tê-lo. Todavia, eu acredito que neste momento o Grêmio deveria se desconectar destas últimas temporadas e renovar seu futebol. Deixar que pessoas novas toquem este desafio. O Renato não é insuficiente, lógico, mas inadequado para esse período em que haverá divisão profissional de tarefas", acrescentou Sanchez.
Alterações no plantel
O grupo gremista para 2023 deverá ser um dos principais focos da discussão da próxima direção. A gestão de Romildo Bolzan optou por manter a base que havia sido rebaixada em 2021. Na avaliação dos analistas, este erro não pode ser cometido novamente, mesmo com o acesso.
"Do time titular, penso que apenas três ou quatro jogadores podem ficar para 2023. Pensando num elenco de 35 jogadores, o Grêmio precisaria fazer no mínimo 15 contratações. E sem dinheiro. Será preciso muita criatividade", avisou Oliveira.
"É preciso dizer que dá para ficar com menos da metade do elenco, talvez um pouco mais. Além de Geromel e Kannemann, ficar com os dois reservas de defesa, Natã e Bruno Alves, seria uma boa. Ainda no setor defensivo, Léo Gomes, talvez Nicolas e para por aí. No meio, Villasanti, Bitello e Lucas Leiva. De resto, garotos para composição de grupo. Campaz, por ser jovem, estrangeiro e ter custado caro, pode receber mais oportunidades. A ruptura que citei na diretoria do clube também se faz necessária no plantel. Ela, na realidade, já deveria ter sido feita no começo de 2022", colocou Sanchez.