Grêmio evolui pouco após chegada de Renato
Números do ataque melhoraram, mas defesa regrediu com novo treinador
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Depois de pouco mais de um mês desde o primeiro jogo de Renato Portaluppi à frente da casamata gremista, pouco, ou quase nada, mudou em relação aos números e resultados na comparação com o trabalho de Roger Machado. O ex-treinador teve 27 jogos disputados na Série B, com 11 vitórias, 11 empates e cinco derrotas, totalizando 54,3% de aproveitamento. Já o atual tem sete jogos, com três vitórias, dois empates e duas derrotas, o que resulta em 52,3% de aproveitamento com o Grêmio.
Neste tortuoso ano que se encaminha para o final, um dos problemas que o Tricolor mais conviveu foi a falta de efetividade do setor ofensivo. Com Renato, o ataque teve uma pequena evolução. Sob o seu comando, o time tem uma média de 1,42 gol por jogo, já que sua equipe marcou dez vezes nas sete oportunidades. Com Roger, a média foi de 1,07 gol, marcando 29 vezes em 27 partidas.
Por outro lado, com Renato os números da defesa regrediram. Nas últimas sete partidas, o setor foi vazado também sete vezes, uma média de um gol sofrido por jogo. Com o ex-treinador, o número foi quase 50% melhor, já que sofreu 16 gols em 29 jogos, uma média de 0,59 a cada noventa minutos.
Nervosismo permanece
Em comum entre o trabalho de ambos está a ansiedade e nervosismo dentro de campo. Mesmo com a “estrela de Renato”, a sua relevância de ídolo que motiva a torcida e os próprios jogadores quando de sua chegada, agora é possível observar sinais de abatimento no grupo dentro de campo.
Seja por dificuldade em manter o ímpeto a todo instante ou por erros técnicos e táticos. A atuação diante do Bahia, no domingo, foi mais um exemplo disso. O anímico em baixa dos atletas foi reconhecido por Renato na entrevista coletiva, em que garantiu trabalhar a parte psicológica de seu grupo nos trabalhos da semana.
“Mais calma que peço a eles impossível. Nos nossos treinamentos fechados, nas reuniões, eu peço muita calma para eles. Sei que a ansiedade está chegando tanto da parte do grupo, quanto o torcedor”, diz Renato.