Grêmio: Ferreira interrompe processo sucessório
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Grêmio: Ferreira interrompe processo sucessório

Depois de Pedro Rocha, Cebolinha e Pepê, camisa 10 não dá sequência a modelo de negócio de atacantes crias da base

João Paulo Fontoura

Ferreira tem sofrido com lesões e não teve a sequência desejada de jogos

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O ex-presidente Romildo Bolzan Júnior foi quem incutiu uma ideia de negócio que se estabeleceu em série no Grêmio. Mais especificamente ao lado esquerdo do ataque então a ideia de, antes do resultado financeiro, o jogador formado no clube, dar um retorno desportivo se materializou com Pedro Rocha, Everton Cebolinha e Pepê. Ferreira, a aposta do processo sucessório, porém, provavelmente não irá cumprir as expectativas geradas.

Restando quatro rodadas para terminar o Brasileirão é pouco provável que o camisa 10 se torne personagem de um eventual sucesso de fim de ano. E mesmo que isso ocorra, outros fatores sugerem que o modelo não será repetido. Em dezembro Ferreira completa 26 anos, idade que o mercado do exterior não costuma reservar montantes significativos para contratações.

Antes de ser vendido na metade de 2017 ao Spartak, da Rússia por 12 milhões de euros, Pedro Rocha foi decisivo na conquista do Penta da Copa do Brasil, na temporada anterior. Em 2020, Everton reunia um vasto cardápio de gols decisivos em Gauchão, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial.

Não à toa, o Benfica, de Portugal, pagou 20 milhões de euros por Cebolinha. E ele tinha substituto. Naquela época Pepê aparecia no retrovisor. No início de 2021, com três títulos do Gauchão e um gol histórico no Gre-Nal da Libertadores, no Beira-Rio foi parar no Porto que pagou 15 milhões de euros pelo atual atacante da Seleção.

Ferreira não tem esse retrospecto. Tem títulos estaduais desde 2020, tem gols em Gre-Nal, usa a camisa 10, mas sofre com lesões que impedem de ser um jogador afirmado. O São Paulo consultou o Grêmio para levá-lo ao Morumbi. Em princípio, sem envolver outros atletas no negócio. Na Arena existe a preocupação de perder um ativo do clube no próximo ano. Com contrato até dezembro de 2024, o atacante pode assinar no meio de 2024 e sair de graça meses depois.

As próximas semanas serão decisivas para o seu futuro, pelo menos desportivo. O financeiro para ele não é problema pelo alto salário que recebe. No entanto, também está longe de ser solução como os colegas de ataque foram recentemente.

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