Arábia Saudita formaliza candidatura para sediar Copa do Mundo de 2034
Com Mundial de 2030 com diversas sedes, Fifa costurou um acordo para candidaturas somente de membros das federações da Ásia e da Oceania para a edição de 2034
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A Arábia Saudita formalizou, nesta segunda-feira, sua candidatura para sediar a Copa do Mundo de 2034, em uma carta de intenção enviada à Fifa pela federação de futebol do país, que tem enormes chances de ser o escolhido para receber o evento em razão do formato incomum escolhido para a Copa do Mundo de 2030. Daqui a sete anos, o evento terá Espanha, Portugal e Marrocos como países-sede, mas receberá jogos pontuais de abertura em Uruguai, Argentina e Paraguai.
A escolha inédita de distribuir partidas em três continentes diferentes levou a Fifa a costurar um acordo para que apenas membros das federações da Ásia e da Oceania apresentem candidaturas para sede de 2034. As entidades dos demais continentes não poderão participar porque Europa, América do Sul e África serão palcos de jogos do Mundial na edição anterior, enquanto a América do Norte receberá a próxima Copa, em 2026, nos Estados Unidos, no México e no Canadá.
De acordo com a carta enviada nesta segunda, a candidatura já tem o apoio de 70 das 211 federações filiadas à entidade máxima do futebol. O próprio presidente Gianni Infantino é um entusiasta da ideia, até porque tem estreitado os laços com Mohammed bin Salman, príncipe herdeiro e primeiro ministro saudita.
A Fifa informou, na semana passada, que o prazo para formalizar candidaturas para a Copa de 2034 terminará no dia 31 de outubro. A Arábia Saudita pode ter de superar a concorrência da Austrália, que sinalizou interesse depois do sucesso da organização da Copa do Mundo Feminina deste ano em seu território, mas há pouco tempo para organizar a candidatura, dependente da aprovação do governo nacional.
Uma Copa na nação saudita seria mais uma vitória do grande projeto esportivo do país, atualmente dedicado ao uso estratégico e político do esporte para melhorar sua reputação no mundo, conduta conhecida como "sportwashing". O futebol de clubes da Arábia Saudita, por exemplo, recebeu forte investimento e hoje conta com estrelas como Neymar, do Al-Hilal, e Cristiano Ronaldo, do Al-Nassr, jogando em seus gramados.