Fifa lança braçadeiras de capitão para Copa do Mundo
Entidade tomou a medida após várias seleções afirmarem que usarão braçadeiras coloridas a favor da inclusão
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Diante da vontade de várias seleções que vão disputar a Copa do Mundo de 2022 de usarem braçadeiras de capitão coloridas a favor da inclusão, a Fifa reagiu neste sábado e lançou suas próprias braçadeiras com mensagens de mobilização.
Apesar disso, a Alemanha e a Dinamarca reiteraram que seus capitães, Manuel Neyer e Simon Kjaer, usarão a braçadeira da iniciativa 'One Love', que leva as cores do arco-íris e é a favor da inclusão e contra a discriminação, e não a da Fifa.
Por enquanto, dos oito capitães das seleções que tomaram esta iniciativa, apenas o francês Hugo Lloris anunciou que não vai aderir à proposta. O inglês Harry Kane será o primeiro a exibi-la em campo no Mundial, na segunda-feira, contra o Irã.
"O esporte mais popular do mundo também pode contribuir para mudar nossas sociedades para melhor, transmitindo mensagens positivas", escreveu a Fifa em um comunicado, promovendo sua própria iniciativa.
Nas braçadeiras propostas pela entidade aparecem vários lemas, como "Salvemos o planeta", "Educação para todos" e "Não à discriminação". "As equipes participantes podem divulgar as mensagens entregues pela Fifa através das braçadeiras dos capitães", escolhendo o lema desejado, explica o comunicado.
Na nota, a Fifa não se pronuncia sobre as braçadeiras coloridas da iniciativa 'One Love'. As autoridades do futebol historicamente se opõem às mensagens políticas nos estádios.
Diante da dúvida de saber se os capitães que usarem a braçadeira 'One Love', ao invés das propostas pela Fifa, enfrentariam sanções, a organização não quis fazer comentários a respeito.
Neuer, campeão do mundo com a Alemanha em 2014, deixou claro que vai usar a braçadeira 'One Love', enquanto sua federação disse estar disposta a aceitar qualquer multa.
"Nosso capitão (Simon Kjaer) usará a braçadeira 'One Love'. Não sei quais seriam as consequências, já veremos", disse por sua vez o meia dinamarquês Christian Eriksen.
Desde quando foi escolhido como sede do Mundial, em 2010, o Catar é alvo de fortes críticas, que se intensificaram conforme o início do evento se aproximava, em particular sobre os direitos humanos, incluídos os das pessoas LGBTQIA+. A homossexualidade e as relações sexuais fora do casamento são passíveis de pena no pequeno emirado do Golfo.