Após pedrada em ônibus, reunião entre Grêmio e Inter é marcada por tensão
Gre-Nal foi adiado para 9 de março
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Tudo indica que o Gre-Nal 435, que não aconteceu no campo, sábado, e foi remarcado para o dia 9 de março, vai parar nos tribunais e será mais um capítulo na rivalidade entre Inter e Grêmio. Apesar de ambos os presidentes terem concordado com o adiamento do clássico, a reunião foi marcada por alguns momentos de tensão entre os dirigentes.
Tanto que, após o encontro, eles não concederam a entrevista juntos. Ou seja, a pedrada do torcedor que invadiu o ônibus gremista, acertou em Villasanti e causou o adiamento do Gre-Nal, também pode contribuir para o azedamento da relação entre os dirigentes dos principais clubes do Rio Grande do Sul.
A semana dos colorados havia sido positiva. O time estava praticamente completo e bastante motivado, principalmente após a reunião de remobilização que aconteceu no vestiário do estádio Passo D’Areia, após a derrota para o São José, no domingo anterior. Por isso, o presidente colorado, em sua entrevista, disse que estava preocupado com o “desequilíbrio técnico” que o adiamento produziria.
Embora não tenha admitido, ele referia-se aos desfalques que o Grêmio haveria tido no sábado, como Ferreira e Diego Souza. E também sobre a possibilidade de o próprio Inter perder peças antes da nova data do Gre-Nal. O Inter tem sete jogadores pendurados com dois cartões amarelos: Bruno Méndez, Moisés, Rodrigo Dourado, Liziero, D'Alessandro, Taison e Wesley Moraes.
Alguns deles, inclusive, ficaram de fora do jogo contra o São José para não correrem o risco de terem de cumprir a suspensão no Gre-Nal, marcado para este sábado. “Temos alguns jogadores pendurados, que podem não jogar o próximo Gre-Nal. Estamos preocupados com o futuro do Campeonato Gaúcho”, disse Alessandro Barcellos. Em uma entrevista desastrada, ele também culpou a imprensa pela violência, o que causou uma nota oficial em resposta da Associação dos Cronistas Esportivos do Rio Grande do Sul.
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Em outro local, falou Romildo Bolzan Júnior. “O presidente do Inter tem uma narrativa dos fatos, com a qual não concordamos. Mas ele tem o direito de expressar suas narrativas. O Grêmio é a vítima. E é uma vítima pesada. Sofremos um atentado e vamos tomar todas suas providências”, afirmou Bolzan.
O Tribunal de Justiça Esportiva da FGF ainda não foi acionado para analisar os fatos. Em tese, o Inter pode ser punido se ficar comprovado que as pedras utilizadas na agressão tenham tido sido atiradas de dentro do complexo Beira-Rio. Além disso, há algum risco se ficar comprovado que algum dos agressores − dois acusados foram presos e já soltos − são integrantes de torcidas organizadas.