Após agressão, árbitro garante que continuará carreira e sonha em apitar no Gauchão

Após agressão, árbitro garante que continuará carreira e sonha em apitar no Gauchão

“Vocês viram que não é uma tarefa fácil”, afirmou Rodrigo Crivellaro, em entrevista ao Balanço Geral

Correio do Povo

Crivellaro atua como personal trainer em Santa Maria

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Recomeço. Essa é a palavra que norteia, a partir de agora, a vida do árbitro Rodrigo Crivellaro, agredido pelo jogador William Ribeiro, do São Paulo-RG, em partida contra o Guarani, nessa segunda-feira, pela Divisão de Acesso do Gauchão, em Venâncio Aires. Crivellaro participou na tarde desta quarta-feira do programa Balanço Geral, da Record TV RS. Ele disse não estar chocado com o ocorrido e que segue trabalhando para, um dia, apitar um jogo na série A do Gauchão.

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“Confesso que não fiquei chocado vendo as imagens porque senti na pele. Vou seguir apitando porque é uma coisa que eu gosto de fazer”, disse o árbitro. “Tem que gostar muito. Vocês viram que não é uma tarefa fácil. Eu já apito a série B (Divisão de Acesso) e, agora, para chegar na série A (Gauchão) falta apenas uma oportunidade”, completou. “É seguir o caminho.”

Crivellaro, que tem a arbitragem como segundo emprego – em Santa Maria, ele atua como personal trainer –, contou como foram os momentos antes da agressão: “Eu lembro que ele (William) sofreu uma suposta falta, que eu não dei. Por reclamação, eu apliquei o cartão amarelo. Depois disso, não lembro de mais nada”, relatou o árbitro, que agradeceu por todas as mensagens de carinho que recebeu. Ele não foi procurado por William após a agressão.

Situação do jogador do São Paulo

A juíza Cristina Junqueira, da Comarca de Venâncio Aires, concedeu, na noite de terça-feira, liberdade provisória a Willian Ribeiro. O jogador estava detido na Penitenciária Estadual de Venâncio Aires. Representantes do Ministério Público (MP) garantiram que irão recorrer da decisão ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). Assim que o inquérito policial estiver concluído, a Promotoria deve oferecer denúncia contra o atleta.

Em entrevista ao Correio do Povo, o titular da Delegacia de Pronto Atendimento de Venâncio Aires, Vinicius Lourenço de Assunção, disse que William foi autuado em flagrante por tentativa de homicídio qualificado. O enquadramento se deu no artigo 121 do código penal, parágrafo segundo, que corresponde à motivação fútil. 

Neste caso de agressão contra Rodrigo Crivellaro, a pena prevista para homicídio qualificado é de 12 a 30 anos de prisão. “Como o crime não foi consumado, o tempo deve ser reduzido”, explicou o delegado.

Horas depois do ocorrido, o São Paulo rescindiu com o jogador. O clube anunciou a medida pelo Twitter através de uma nota em que relata choque com a atitude do atleta: “O contrato com o atleta agressor está sumariamente rescindido. Ademais, todas as medidas possíveis e legais em relação ao fato serão tomadas”, diz o post.


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