Revolução Carpini: o impacto do treinador na recuperação do Juventude até a volta à Série A
Treinador apostou na remobilização e no organização tática para reerguer o time na Série B
publicidade
Thiago Carpini viveu uma temporada de impacto em 2023. Aos 39 anos, Carpini foi vice-campeão do Paulistão no comando do Água Santa. Somente o Palmeiras de Abel Ferreira foi capaz de derrubar o azarão que deixou São Paulo e Red Bull Bragantino pelo caminho.
O trabalho rendeu para Carpini o título de melhor treinador da competição. Com contrato até o final do ano com o Água Santa, Thiago Carpini entrou na mira do Juventude por orientação do diretor executivo Júlio Rondinelli, que trabalhou com Carpini no clube paulista. Após negociações, o final feliz veio. Neste sábado, o time gaúcho garantiu o retorno à elite do futebol brasileiro após marcar 3 a 1 sobre o Ceará.
Em maio, Carpini foi anunciado para substituir Marcelo Pintado. A missão inicial era tirar o time da zona de rebaixamento na Série B. Até ali, eram seis jogos e nenhuma vitória na 19ª colocação da competição. Na apresentação, Carpini enalteceu a força do Juventude e a necessidade de uma reação rápida. "O Juventude é muito grande dentro da Série B e tem que se comportar como tal. O trabalho no Água Santa foi muito bom, mas o que fiz ontem já passou. É dar respostas com resultados", resumiu.
E os resultados chegaram. Cinco jogos e cinco vitórias. Apostando num 4-3-3 com variações para 4-2-3-1, o treinador começou a encontrar a estabilidade que tanto falou ao Ju nas rodadas iniciais. O foco foi em renovar a confiança dos atletas e das lideranças como Alan Ruschel e Nenê, o pilar da equipe. O bom desempenho provocou o assédio de outros clubes brasileiros e o Ju correu para renovar o contrato com Carpini em setembro. Agora, o vínculo vai até o final de 2024 e será dele a missão de manter o Verdão da Serra na Série A.
Veja Também
- Juventude vence de virada o Ceará e volta à Série A do Brasileirão
- Juventude é classe A em virada épica
Os números no campo falam por si só para demonstrar o impacto de Carpini. Com ele, são 33 jogos, 17 vitórias, 11 empates e somente quatro derrotas. Na reta final, Carpini mostrou outra faceta: a da maturidade para lidar com a pressão. A reversão da expectativa - por méritos do trabalho - tornou o acesso do Juventude uma "obrigação". No entanto, os atletas sentiram a pressão com resultados ruins diante do ABC e da Ponte . Depois de dois tropeços, ele soube remobilizar o elenco para garantir retorno à Série A diante do Ceará na última rodada.